LEPTOSPIROSE
- Tailla R Monção
- 2 de dez. de 2019
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A leptospirose é uma doença infecciosa de distribuição cosmopolita, causada por bactérias do gênero Leptospira, que acomete entre os animais domésticos tais como: bovinos, suínos eqüinos, muares, gatos e cães, podendo ocorrer também em vários animais selvagens. Sua relevância se deve a seu potencial zoonótico, podendo levar a doença humana, onde as principais características é febre, icterícia, alterações hepática e renal, além de cefaléia, alterações gastrointestinais e a febre hemorrágica, podendo levar a óbito em pouco tempo. Podemos dizer que nos bovinos tem grande interesse econômico, pois são eles os grandes reservatório e disseminadores da doença, principalmente quando se instala em forma crônica, geralmente esta é assintomática sendo então um portador em potencial e que poderá eliminar a bactéria por longo período, contaminando as pastagens e os estábulos.É causada por espiroquetas: Ordem Spirochaetales; Família Spirochaetaceae; Gênero Leptospira. O gênero contém 7 diferentes espécies, com mais de 200 sorovariantes em todo o mundo, sendo que no Brasil, as mais importantes em bovinos são: pomona, wolfii, sejroe, hardjo e bratislava. e interogans.
TRANSMISSÃO
A via de transmissão mais importante é pela urina. A via venérea constitui vetor pelo trato genital de vacas durante um período de oito dias após o abortamento e encontra-se, também, no trato genital de touros. A via transplacentária (não é comum, porém a infecção neonatal é provavelmente contraída no útero) e mamária ou até o hábito de limpeza da genitália, escroto, tetas ou outras partes entre os animais, pode constituir-se vias de transmissão.A transmissão ao homem é carreada pela urina ou órgãos e infectam o humano pelo contato direto com a pele, mucosa oral e conjuntival com água contaminada e outras fontes, sendo risco para fazendeiros, trabalhadores rurais, pessoal de lida no frigorífico e veterinário.PATOGENIA Após a penetração da pele ou mucosa, os microorganismos fazem bacteremia, sendo carreados ao fígado, multiplicando-se e fazendo nova bacteremia. Podem se reproduzir no sangue, levando a um quadro de septicemia, com hemólise e hemoglobinúria (este quadro é mais comum em bezerros). Se o animal sobreviver a esta fase, poderá evoluir para a fase renal.
A lesão capilar é comum a todas as sorovariantes e, durante a fase septicêmica, hemorragias petequiais são comuns. A lesão vascular também ocorre no rim, levando a um quadro de nefrose hemoglobinúrica. Diferentemente de outros animais e do homem, o quadro de insuficiência renal no bovino é muito mais raro de acontecer e o abortamento é uma seqüela comum após a invasão inicial sistêmica, com ou sem degeneração placentária. Podem ocorrer várias semanas após a invasão sistêmica, com mais freqüência na segunda metade da gestação, provavelmente devido à maior facilidade de invasão da placenta neste estágio. O abortamento sem prévia doença clínica também é comum. Raramente as leptospiras estão presentes no feto abortado, e o período de incubação na leptospirose, usualmente, vai de quatro a dez dias.
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