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TETANO EM EQUINOS

  • Foto do escritor: Tailla R Monção
    Tailla R Monção
  • 14 de nov. de 2019
  • 2 min de leitura








O tétano é uma doença bacteriana não infeciosa, de distribuição mundial, causada por um agente chamado Clostridium tetani, que embora possa acometer várias espécies, daremos destaque àqueles referentes a espécie equina (Reichmann et al., 2008; Schaer, Orsini, 2013).

O tétano é uma doença com alta taxa de morbimortalidade, sendo que a mortalidade é bem variável, chegando até 80% nos equinos (Radostits; 2010). Os prejuízos causados nesses animais são decorrentes não apenas a presença da bactéria, mas também a suas exotoxinas.

Essas toxinas são responsáveis pelos sinais clínicos da enfermidade que envolvem a hiperestimulação do sistema nervoso, necrose tecidual, elevação do tônus muscular, espasmos dos músculos faciais e da mastigação, prolapso de terceira pálpebra, elevação da cauda (“cauda em bandeira”) e até mesmo opistótono (Reichmann et al., 2008; Green et al., 1994; Radostits et al., 2002; MacKay, Tetanus, 2009).

Em casos mais graves e com diagnóstico mais tardio, podem ocorrem convulsões tetânicas com sudorese e aumento de temperatura, além de outros sinais clínicos que indicam um prognóstico desfavorável. Geralmente o animal vai a óbito por asfixia, decorrente de uma paralisia dos músculos respiratórios (Radostits et al., 2002; Gracner et al., 2015; Hahn, 2008).

Podem ser várias as portas de entrada para o Clostridium tetani, geralmente adentrando ao organismo através de lesões, como por exemplos aquelas na cavidade oral, feridas nos cascos, entre outras. É importante frisar que a bactéria é altamente resistente ao sistema de defesa do animal que não foi vacinado, daí a importância da imunização (Quinn, 2005).

Como não há um teste clínico confiável para diagnosticar a enfermidade (MacKay, Tetanus, 2009), este tem que ser feito com base nos sinais clínicos e histórico do animal (Green et al., 1994; Gracner et al., 2015; Hahn, 2008), que por ter sinais muito característicos, permitem um rápido reconhecimento da doença (Hahn, 2008).

O tratamento para o tétano é paliativo e associado a terapia de suporte, tendo como finalidade a eliminação da bactéria, neutralização das toxinas e relaxamento muscular para evitar asfixia até que a bactéria seja destruída (Reichmann et al., 2008; Green et al., 1994; Radostits et al., 2002; MacKay, Tetanus, 2009; Ahmadsyah, Salim, 1985).

Como terapia antimicrobiana Smith recomenda a utilização de penicilina G potássica (22. 000- 44.000 UI/Kg, 3 a 4 vezes ao dia, IV) ou de penicilina G procaína (22. 000 UI/Kg, IM, duas vezes ao dia). Além disso, recomenda a administração de antitoxina alguns dias após o aparecimento dos sinais clínicos. A infiltração local de antitoxina (3.000 UI a 9.000 UI) pode neutralizar eficientemente a toxina que ainda não atingiu os vasos periféricos. Lima et al. (2013) sugere a aplicação de soro antitetânico na dose de 500.000 UI/dia pela via intravenosa. Adicionalmente recomenda-se o uso de um relaxante muscular na dose de 0,05 a 0,1 mg/Kg/ IV em intervalos de 4 a 6 horas.

Como sugestão na terapia antimicrobiana, a J.A Saúde Animal recomenda o uso de Gentopen 20 Milhões, produto à base de Penicilina G Potássica e Gentamicina, proporcionando alta concentração em ação imediata. A dose indicada é 1ml para cada 12,5 kg de peso corpóreo, a cada 12 horas, durante 3 a 5 dias a critério do Médico Veterinário.

 
 
 

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